A trombose cerebral é uma espécie de AVC que se caracteriza por obstrução causada por um coágulo de sangue nas veias do cérebro. A condição é considerada relativamente rara e pode trazer graves consequências como fala dificultada, problemas na visão e paralisia.
Continue a leitura e conheça os fatores de risco, sintomas e tratamento da trombose cerebral.
O coágulo formado na veia cerebral impede que o sangue seja drenado para fora do cérebro. Por isso, as células sanguíneas se tornam frágeis, podendo romper e causar vazamentos sanguíneos para os tecidos do cérebro, o que chamamos de hemorragia.
Essa condição é três vezes mais comum de ocorrer em mulheres, estando principalmente associada aos seguintes fatores:
Mas apesar de ser mais comuns em mulheres e estar associada a esses fatores, este tipo de AVC pode ocorrer também em homens e nas crianças (até mesmo em recém-nascidos e fetos que estão no útero). Os acidentes cerebrovasculares podem danificar o sistema nervoso central e o cérebro. Por isso, a situação é grave e deve ser levada a um atendimento médico de emergência o mais rápido possível.
Os fatores de risco se apresentam de maneira diferente para crianças e adultos. Para adultos, os fatores de risco podem ser:
Os fatores de risco ligados a crianças e fetos podem ser:
Nosso artigo: “AVC em Jovens Adultos e Crianças – Causas e Oportunidades de Prevenção” aborda os fatores de risco para AVC em crianças e fetos, condição que compartilha os mesmos fatores de risco da trombose cerebral.
Os sintomas dessa condição variam de acordo com a localização exata do coágulo sanguíneo. Os sintomas e sinais da trombose cerebral são importantíssimos, pois quanto mais cedo notados e diagnosticados, melhor será o prognóstico e consequentemente a recuperação.
A dor de cabeça é comumente o principal sintoma relacionado a Trombose no cérebro. As características das dores, no entanto, variam de paciente para paciente e podem se desenvolver de maneira gradual com uma acentuada piora com a progressão da doença. Outros sintomas são:
No pronto socorro, realizamos uma análise dos sintomas apresentados e do histórico familiar, além de um exame físico minucioso. Também podem ser solicitados alguns exames para confirmar o diagnóstico, como tomografia, ressonância magnética, angiografia, ultrassom, exame de sangue e outros.
O tratamento realizado para a anticoagulação sistêmica é baseado na terapia específica para a trombose cerebral. Este procedimento deve ser realizado o mais rápido possível num hospital.
Geralmente, os planos de tratamento incluem uso de fluidos, antibiótico em casos de infecção, fármacos anticonvulsivos para controlar convulsões (se houver).
É importante monitorar o progresso do paciente e sua atividade cerebral, controlando a pressão intracraniana e as terapias medicamentosas de anticoagulantes. Em alguns casos, é necessário realizar cirurgia. Por fim, a reabilitação faz parte do tratamento de todos os pacientes.
Existe a possibilidade do paciente carregar sequelas do ocorrido. As possibilidades incluem fala alterada, parte do corpo com difícil movimentação, problemas na visão, dores de cabeça, lesão no cérebro, atraso no desenvolvimento, aumento da pressão de fluidos dentro do crânio e até mesmo a morte.
Na verdade, essas sequelas dependem de como o evento afeta o cérebro e quão rápido foi o socorro a este paciente. Felizmente existem algumas práticas para facilitar o viver, como hábitos saudáveis, a prática de atividades físicas com indicação médica e apoio de um profissional de educação físicas, além de programas especiais de reabilitação e fisioterapias dependendo das sequelas (se houveram).
É importante citar que a trombose cerebral pode ser prevenida à base de dietas com poucas gordura, atividades físicas regulares, evitar tabagismo e controlar doenças crônicas de saúde. Para sanar mais dúvidas, converse com seu médico neurologista de confiança.
Referência: Johns Hopkins Medicine